
Marília tem recebido fortes e rápidas pancadas de chuva durante os
últimos dias. Quando não está chovendo, o tempo fica parcialmente
fechado e quente, gerando uma sensação de abafamento. É justamente
esse ambiente de calor e água residual que o mosquito Aedes aegypti,
transmissor da dengue, gosta para se reproduzir. O tema é batido, mas
precisa ser reforçado cotidianamente, já que as equipes da Secretaria
Municipal de Saúde de Marília continuam encontrando larvas do vetor
dentro das casas.

Só no mutirão de visitas realizado na região Norte da cidade, no último
sábado, dia 17 de fevereiro, foram encontrados 25 locais com larvas. “A
quantidade é bastante se for considerada a região em que realizamos o
serviço, superando os 3% das casas acessadas”, explicou a supervisora da
Vigilância Ambiental, Vivian Funai. Ao todo, as equipes tentaram visitar
1.353 casas e obtiveram êxito em 760 delas. A maioria das casas
inacessíveis estavam apenas fechadas, somente em 16 o morador recusou
o atendimento.

Com a atualização do boletim epidemiológico, registrando novos casos
na última semana e atualizando notificações que estavam até então sem
resultado, Marília chegou aos 1.112 casos confirmados de dengue. Os
dados são da Vigilância Epidemiológica referentes ao período de 1º de
janeiro até 17 de fevereiro de 2024. No entanto, a supervisora do setor,
Alessandra Arrigoni, ressalta que os números demonstram uma queda
após o decreto emergencial do prefeito Daniel Alonso contra a dengue.
“Continuamos com menos casos positivos. As unidades seguem
notificando bastante, abrindo suspeitas, porém a positividade está
menor. As ações de controle não podem parar. Pedimos apoio mais
intenso da população por conta das chuvas.

Precisamos urgentemente de ações de controle dentro das residências e nos quintais, principalmente dentro das próximas semanas, que têm previsão de calor”, reforçou a supervisora da Vigilância Epidemiológica, Alessandra Arrigoni.
Em queda se tratando apenas dos números, a primeira semana registrou 118 casos
positivos para dengue. Na segunda semana, o número cresceu para 177, e
saltou para 227 na terceira semana. O crescimento esteve presente
novamente na quarta semana, com 259 casos positivos.
Neste momento, a Prefeitura Municipal de Marília, todas Secretarias e autarquias
estruturaram um plano de guerra contra a dengue. Na quinta semana, os
casos caíram para 166, segundo a redução para 138 durante a sexta
epidemiológica.
Na última semana, a sétima semana epidemiológica, foram confirmados apenas 27 casos, até o momento do fechamento do boletim. Para evitar a dengue e outras arboviroses, deve-se manter um cuidado durante todo o ano, pois qualquer tipo de água parada pode ser o ambiente perfeito para proliferação do mosquito.
Alguns cuidados devem ser tomados para evitar a proliferação do
mosquito, como:
NÃO DEIXE ÁGUA PARADA – Fique sempre atento ao acúmulo de
água em recipientes como vasos de plantas, pneus, calhas, baldes, entre
outros.
PLANTAS – Coloque areia ou terra nos pratos das plantas. Mantenha-os
limpos.
CAIXAS D’ÁGUA, CISTERNAS E POÇOS – Mantenha-os fechados e
vedados. Tampe com tela aqueles que não têm tampa própria.
LIXO, ENTULHO E PNEUS VELHOS – Entulho e lixo devem ser
descartados corretamente. Guarde os pneus em local coberto ou faça
furos para não acumular água.
LIXEIRAS DENTRO E FORA DE CASA – Mantenha as lixeiras
tampadas e protegidas da chuva. Feche bem o saco plástico.
CALHAS – Limpe e nivele. Mantenha-as sempre sem folhas e materiais
que possam impedir a passagem da água.
LAJES – Não deixe água acumular nas lajes. Mantenha-as sempre secas.
RALOS – Tampe ralos pouco utilizados ou coloque detergente ou pedaço
de salão.
VASILHAS PARA ANIMAIS – Os potes com água para animais
devem ser muito bem lavados com água e sabão no mínimo duas vezes
por semana.
COLETOR DE ÁGUA DA GELADEIRA E AR-CONDICIONADO –
Atrás da geladeira existe um coletor de água. Lave-o uma vez por
semana, assim como as bandejas do ar-condicionado.
GARRAFAS – As garrafas devem ser embaladas e descartadas na
lixeira. Se guardadas, devem estar em local coberto ou de boca para
baixo.
FACILITE O CONTROLE DA DOENÇA – Permita sempre o acesso
do agente de controle de zoonoses em sua residência, condomínio ou
estabelecimento comercial.
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