
Na última segunda-feira (26), um terrível caso de feminicídio chocou a cidade de Tupã (74 quilômetros de Marília). Milena Dantas Bereta Nistarda, de 53 anos, foi brutalmente assassinada pelo próprio marido, Marcelo Nistarda Antoniassi, de 49 anos, em sua residência na Vila Abarca.
Horas antes do trágico acontecimento, por volta das 9h30, Milena havia tomado uma atitude corajosa: dirigiu-se à delegacia de Tupã para denunciar o marido, registrando um boletim de ocorrência por violência psicológica e doméstica. No relato à polícia, Milena descreveu uma situação de vulnerabilidade, relatando que se sentia aprisionada em casa devido ao comportamento controlador de Marcelo, que a impedia de sair sob diversas desculpas.

A vítima também revelou às autoridades que vinha sofrendo abusos sexuais, sendo obrigada a manter relações contra sua vontade. Além disso, descobriu que seu celular estava sendo rastreado pelo marido, aumentando o sentimento de violação e ameaça.

O histórico de violência do casal remontava a aproximadamente dez anos atrás, quando Milena já havia registrado uma denúncia contra Marcelo. No entanto, a situação se agravou nos últimos dois meses, após os filhos do casal se mudarem para outras cidades.
Após registrar o boletim de ocorrência e solicitar medidas protetivas contra o agressor, Milena retornou para casa, onde, infelizmente, foi vítima do violento ataque de Marcelo. Ele invadiu a residência, derrubando o portão com o carro e arrombando as portas. Dentro do imóvel, desferiu vários golpes de faca contra a esposa, chegando a abrir seu abdômen e extrair suas vísceras e coração.

O criminoso ainda tentou resistir à prisão, mas foi detido em flagrante pela polícia por volta das 13h30, aproximadamente quatro horas após o pedido de medidas protetivas por parte de Milena. O caso foi registrado como feminicídio, com agravantes de violência psicológica e doméstica, bem como homicídio qualificado por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
A comunidade local está consternada com o ocorrido, reforçando a necessidade de políticas eficazes de combate à violência contra a mulher e de apoio às vítimas. (redação com informações do G1)
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