Na última segunda-feira (15), o Tribunal de Justiça Militar emitiu uma decisão anulando dois processos administrativos movidos contra o sargento Alan Fabrício Ferreira, da Polícia Militar de Marília (SP). Esses processos estavam relacionados à polêmica envolvendo a guinchar o veículo da filha de uma vereadora da cidade durante uma blitz em agosto de 2020, onde o carro apresentava licenciamento vencido e pneus desgastados.

Com essa decisão, os dois procedimentos de exoneração contra o sargento foram extintos. Um já havia sido arquivado anteriormente, e o segundo, do ano passado, foi anulado no início deste ano. Entre as punições previstas contra Alan estavam cinco dias de detenção, agora anulados pela decisão do Tribunal de Justiça Militar.

Segundo relatos, o sargento teria sido pressionado pela comandante do batalhão à época, Marcia Cristal Gomes, que, após ser acionada pela vereadora Professora Daniela (PL), ordenou a liberação do veículo, o que não ocorreu. Como resultado, o sargento foi transferido naquele ano pelo descumprimento da ordem.

A defesa do sargento informou que ele continua atuando na corporação, porém de maneira interna, sem poder portar armas, coletes ou algemas. Essa situação, no entanto, deverá mudar com a decisão que permite seu retorno às atividades nas ruas.

O advogado também revelou que a defesa pretende processar o estado por perseguição ao policial.

A Tenente Coronel Marcia Cristal Gomes, após a repercussão do caso, foi transferida e hoje está na reserva, após ter sido promovida a coronel.

Por outro lado, a Câmara de Marília instaurou uma comissão processante para investigar a conduta da vereadora. Contudo, o relatório final, que pedia a cassação da parlamentar, foi arquivado no final de 2020. Pouco depois, Professora Daniela foi reeleita para mais um mandato e, com o arquivamento do caso, pôde assumir sua cadeira no legislativo municipal. (Com informações do G1)

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