A Polícia Civil localizou ossos queimados na propriedade de Marcos Yuri Amorim, namorado da estudante trans Carmen de Oliveira Alves, de 26 anos, que está desaparecida há mais de um mês em Ilha Solteira (300 quilômetros de Marília). As amostras foram encaminhadas para análise de DNA na quarta-feira (16) e o caso é investigado como feminicídio.

De acordo com a investigação, Carmen teria sido assassinada em 12 de junho por Marcos Yuri, com a participação de Roberto Carlos de Oliveira, policial militar ambiental da reserva. Ambos são apontados como autores do crime.

Roberto Carlos e Marcos Yuri estão presos como suspeitos do suposto assassinato

Segundo o boletim de ocorrência, Carmen foi vista pela última vez na Universidade Estadual Paulista (Unesp), onde havia realizado uma prova do curso. Imagens e testemunhas indicam que ela foi vista pela última vez nas imediações de um ginásio da instituição.

A mãe da estudante informou à polícia que, na noite anterior ao desaparecimento, por volta das 23h do dia 11 de junho, Carmen saiu de casa com sua bicicleta elétrica preta. Familiares destacaram que ela nunca havia desaparecido antes, o que aumentou a preocupação e mobilizou amigos e a comunidade acadêmica.

Desde então, parentes e amigos vêm colaborando com as autoridades nas buscas. Diversas manifestações públicas foram organizadas em busca de respostas e justiça. Durante as diligências, a polícia concentrou os trabalhos na região próxima ao rio da cidade, onde o último sinal do celular de Carmen foi registrado.

Em outra frente da investigação, marcas de pneus compatíveis com os da bicicleta elétrica foram encontradas em uma área de mata próxima à universidade, reforçando a linha de investigação. A bicicleta de Carmen, entretanto, não foi localizada até o momento.

As autoridades aguardam o resultado do exame de DNA nos ossos encontrados para confirmação da identidade da vítima. O caso segue sendo tratado com prioridade pelas forças de segurança.

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