
A Justiça Criminal de Marília decretou, nesta quarta-feira (22), a prisão preventiva do psiquiatra Rafael Pascon dos Santos, após representação da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). O médico é alvo de uma onda de denúncias de assédio sexual, importunação e até estupro, envolvendo pacientes em Marília, Garça e outras cidades da região .
De acordo com as investigações, aproximadamente 20 mulheres já formalizaram queixas contra o profissional, relatando episódios de abuso em consultórios particulares e atendimentos no serviço público de saúde. As vítimas são de diferentes idades e condições sociais, mas relatam padrões semelhantes de conduta.

As denúncias apontam que os abusos ocorriam, em geral, a partir do segundo atendimento, quando o psiquiatra passava a fazer comentários inapropriados sobre aparência, perfume e atração física, além de praticar abraços forçados, beijos e toques indevidos.
Em Garça, uma das vítimas afirmou ter sido atacada quando tinha 17 anos, durante atendimento no CAPS. Em todos os relatos, as mulheres estavam em situação de vulnerabilidade emocional e psicológica, em razão do tratamento de saúde mental.
Após a expedição do mandado, a Polícia Civil realizou buscas e recebeu a informação de que o médico iria se apresentar de forma espontânea, o que ocorreu pouco depois. Ele foi encaminhado para o cumprimento da prisão preventiva e ser ouvido pela delegada Dr. Darlene Costa.
Fontes ligadas à investigação informaram que novas vítimas podem surgir, já que algumas mulheres, por medo ou vergonha, ainda evitam denunciar os abusos — muitas relatam agravamento do quadro emocional em razão das condutas denunciadas.

As investigações seguem sob responsabilidade da Delegacia de Defesa da Mulher de Marília, e conjunto com a DDM de Garça, que trabalham na coleta de provas e na escuta protegida das vítimas.
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